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segunda-feira, 18 de junho de 2012



VOCÊ JÁ VIU BOI VOAR?
Fenômeno pode ocorrer em maribondo



                                                                                                                      José Jurandir *

Nunca, na história política partidária de Maribondo, vivenciou-se um quadro tão estapafúrdio, confuso, parafernálico, complicado, turbulento e até hilariante, como o que estamos contemplando no momento. A confusão é generalizada, chegando a lembrar a história bíblica da construção da famosa torre de Babel, onde ninguém se entendia. O objetivo era chegar ao céu através dessa torre. Deus castigou a todos.
A comunidade maribondense assiste um verdadeiro filme de o Gordo e o Magro, na sua versão mais antiga. Ainda bem que não é um filme faroeste, graças a Deus e a boa índole da nossa querida e boa gente. O clima, nesse aspecto, é bom.
Uma espécie de paranóia está tomando conta da cabeça de várias pessoas que convivem na nossa política provinciana. A incerteza é imensa. Ninguém está seguro do que quer. O tempo fechou no clima político desta cidade, apresentando-se nublado, embaçado, escuro, faltando menos de duas semanas para o prazo legal de candidaturas.
O fato é inédito na política em nossa abençoada paróquia.
A situação já não vinha tão boa, mas piorou mesmo quando o nosso alcaide, o festejado e bondoso médico que hoje administra o município, resolveu desistir da disputa pela reeleição, apresentando como justificativa o seu abalado estado de saúde. Foi o complemento para abrir-se um gigantesco vácuo na política local, desgovernando o barco e, consequentemente, agravando ainda mais a crise já vivida, se bem que ele, o Prefeito, não descuidou-se em deixar um nome para substituir sua candidatura.
Depois da desistência do chefe do Executivo à disputa pela reeleição, aí a paranóia atacou de vez a cabeça de muita gente querendo ser Prefeito. Uns com razoáveis condições, outros sem a mínima delas, e por aí vai. O processo eleitoral degringolou, endoidou foi tudo; deu a louca na aldeia; virou uma Saramandaia. Para se ter uma idéia, Maribondo, com aproximadamente cinquenta ruas, em cada uma delas tem um pretenso candidato à Prefeitura, para um eleitorado de oito mil e poucos votantes. Estão faltando são vices.
Em nosso município, a sensatez perdeu o prumo.
E candidato a vereador? Incrível: Procura-se, mas está difícil encontrar quem queira. Estranho!
Isso me faz lembrar quando fui eleito vereador pela primeira vez, na década de 70, aos vinte e poucos anos de idade, e quando o cargo não era remunerado. Você trabalhava de graça, feito relógio. Disputaram 18 candidatos, apenas. Nove perderam e nove foram eleitos. Quase ninguém queria ser legislador em Maribondo.
Essa eleição em nossa terra será atípica, não temos dúvidas. E até boi pode voar, contrariando o adágio político de que “em política só não se viu ainda boi voar”. Portanto, não se assuste a população, se boi voar pelos céus de Maribondo. Nessas eleições, a cobra vai fumar, o cancão vai piar e o macaco deve assoviar.

Assim eu vejo, e essa é, pelo menos, a minha opinião.


                                                 *É jornalista e radialista

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