VOCÊ
JÁ VIU BOI VOAR?
Fenômeno
pode ocorrer em maribondo
José Jurandir *
Nunca, na história política
partidária de Maribondo, vivenciou-se um quadro tão estapafúrdio, confuso,
parafernálico, complicado, turbulento e até hilariante, como o que estamos contemplando
no momento. A confusão é generalizada, chegando a lembrar a história bíblica da
construção da famosa torre de Babel, onde ninguém se entendia. O objetivo era
chegar ao céu através dessa torre. Deus castigou a todos.
A comunidade maribondense assiste
um verdadeiro filme de o Gordo e o Magro, na sua versão mais antiga. Ainda bem
que não é um filme faroeste, graças a Deus e a boa índole da nossa querida e
boa gente. O clima, nesse aspecto, é bom.
Uma espécie de paranóia está
tomando conta da cabeça de várias pessoas que convivem na nossa política
provinciana. A incerteza é imensa. Ninguém está seguro do que quer. O tempo
fechou no clima político desta cidade, apresentando-se nublado, embaçado,
escuro, faltando menos de duas semanas para o prazo legal de candidaturas.
O fato é inédito na política
em nossa abençoada paróquia.
A situação já não vinha tão
boa, mas piorou mesmo quando o nosso alcaide, o festejado e bondoso médico que
hoje administra o município, resolveu desistir da disputa pela reeleição,
apresentando como justificativa o seu abalado estado de saúde. Foi o complemento
para abrir-se um gigantesco vácuo na política local, desgovernando o barco e,
consequentemente, agravando ainda mais a crise já vivida, se bem que ele, o
Prefeito, não descuidou-se em deixar um nome para substituir sua candidatura.
Depois da desistência do
chefe do Executivo à disputa pela reeleição, aí a paranóia atacou de vez a
cabeça de muita gente querendo ser Prefeito. Uns com razoáveis condições,
outros sem a mínima delas, e por aí vai. O processo eleitoral degringolou,
endoidou foi tudo; deu a louca na aldeia; virou uma Saramandaia. Para se ter
uma idéia, Maribondo, com aproximadamente cinquenta ruas, em cada uma delas tem
um pretenso candidato à Prefeitura, para um eleitorado de oito mil e poucos
votantes. Estão faltando são vices.
Em nosso município, a sensatez perdeu o prumo.
E candidato a vereador?
Incrível: Procura-se, mas está difícil encontrar quem queira. Estranho!
Isso me faz lembrar quando fui
eleito vereador pela primeira vez, na década de 70, aos vinte e poucos anos de
idade, e quando o cargo não era remunerado. Você trabalhava de graça, feito
relógio. Disputaram 18 candidatos, apenas. Nove perderam e nove foram eleitos.
Quase ninguém queria ser legislador em Maribondo.
Essa eleição em nossa terra
será atípica, não temos dúvidas. E até boi pode voar, contrariando o adágio
político de que “em política só não se viu ainda boi voar”. Portanto, não se
assuste a população, se boi voar pelos céus de Maribondo. Nessas eleições, a
cobra vai fumar, o cancão vai piar e o macaco deve assoviar.
Assim eu vejo, e essa é,
pelo menos, a minha opinião.
*É jornalista e
radialista
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