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terça-feira, 8 de maio de 2012

Artigo Urgente, Maribondo Versus Nova Mutum




Maribondo Versus Nova Mutum

                                                                                            José Jurandir de Oliveira Filho *

Venho, através deste artigo, escrever para a minha querida Maribondo, cidade a qual meu bisavô fundou, cidade esta que, onde sua alma estiver, por ela está chorando, em ver seus filhos indo embora em busca de novos horizontes. É triste pra gente que gosta de Maribondo, ver nossa cidade em tamanha decadência. Refiro-me a um fato que não começou agora, mas que vem acontecendo ha vários anos e que, nesses últimos, a proporção ficou maior. Vamos ao fato: refiro-me aos filhos da nossa querida terra, que, por necessidade maior, estão indo embora em busca da sobrevivência fora de Maribondo, para ser mais exato, na cidade de Nova Mutum , Estado de Mato Grosso.


Quero ressaltar que, na última quinta-feira, 03 de maio, partiram de Maribondo dois ônibus lotados com destino àquela distante cidade mato-grossense. Menos de oito dias depois, exatamente no dia de hoje, 9 , parte mais um ônibus levando filhos de Maribondo para fora dos seus lares. Sei que todos que estão partindo é em busca de sua sobrevivência. Isso é lamentável, porque a cada dia nossa cidade fica com um conteúdo menor de pessoas. Não foi esta cidade que meu bisavô, João Antonino, imaginou que um dia seria, quando fundou. Quero fazer um apelo, não só à sociedade como um todo, mas também aos nossos governantes, que são os poderes maiores, que tomem providência urgentemente, pois, se continuar assim, Maribondo vai virar terra de aposentados, crianças e de ricos. Vamos todos nos unir para não deixar que isso aconteça, rogando sempre a Deus que ilumine a mente dos nossos governantes, que são os poderes maiores para que providências sejam tomadas, em caráter de urgência, pois são mães que choram ao verem seus filhos partirem em busca de uma vida melhor, a qual eles não poderãm dar. Vou registrar um depoimento que eu ouvi na manhã de hoje, de uma mãe e avó, cujo nome não vou citar, mas que é mais uma mãe que sofre por estar longe de seus filhos. Ouvindo atentamente, ela me contava que dos seus cinco filhos, três já foram embora, e que, no dia de hoje, suas duas filhas também partiram em busca de dias melhores, deixando com ela um netinho de um ano e cinco meses. Agora vejam como é triste, para essa duas mães viverem longe de seus filhos.


Sentí-me na obrigação de escrever esse artigo, clamando para que providências sejam tomadas, evitando que, em futuro bem próximo, nossa querida Maribondo não venha virar cidade de faroeste, vazia.
Aqui encerro minhas palavras, esperando que alguma coisa seja feita, para, pelo menos, diminuir a evasão dos filhos de nossa cidade.



Atenciosamente:

José Jurandir de Oliveira Filho 



* Comunicador de rádio e filho do jornalista e radialista José Jurandir.